Da Netscape ao Televisor...


Nós humanos andamos muito ocupados nesses últimos séculos. Desde que paramos de andar com as mãos arrastando no chão... Fizemos muita besteira, isso é certo, mas também criamos coisas bem legais, mas isso faz pensar... Em uma pequena lista podemos enumerar as invenções realmente significante da humanidade... Tais como: a lâmpada elétrica, o motor a vapor, o motor de combustão interna, o avião, o automóvel e claro... o pão fatiado...

Mas junto a essas inversões, podemos encontrar uma em particular mais recente, surgida do nada e em um !buum! explodiu em nossas vidas como um verdadeiro tufão... A invenção, é claro, é a World Wide Web... Um universo incrível e surrealista que gerou imensas fortunas, sustentou inúmeras indústrias e mudou a maneira como o mundo trabalha, brinca, se comunica, faz compras e até como se apaixona...

Mas o que realmente significa isso? Queremos realmente ser lembrados como usuário do Mozilla ou como algo importante? Vivemos em um mundo onde, em uma cidade pequena, encontramos mais usuários de Mini-Fazendo do que jogadores de Amarelinha... Vivemos em um mundo onde a NetScape tem tanta relevância quando a escola, mesmo que o seu nome nunca ouvimos falar...

Neste mundo brincar na calçada se tornou ultrapassado... se sujar e se arranhar já não é mais possível em um mundo onde Einstein viveria um pesadelo... Usando as palavras do próprio físico, que explica que tornou-se chocantemente óbvio que nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade... É assim que queremos ser lembrado?

Obs.: Com pensamentos do filme: A Guerra dos Navegadores...

O outro lado do egoísmo 2



Está todo mundo falando do Natal nestes últimos dias... nas ruas, rede sociais, jornais e sei lá em mais o que... Até já esqueceram o fim do mundo... O triste é que as pessoas acabaram foi esquecendo o real sentido deste dia... Aniversário de Jesus ou desculpa para estourar cartão de crédito?

O aniversariante nem sequer foi convidado para a festa, assim como nós parecemos nem ter sido convidados para retirar esse óleo de peroba da cara e lixar um pouco essa fachada de pau que chamamos de vergonha...

Vamos esquecer um pouco o anacronismo que se tornou o 25 de Dezembro e pensar um pouco em Mumbai ou Calcutá? Duas cidades indianas que possuem o maior nível populacional do planeta ou onde podemos encontrar os Distritos da Luz Vermelha.

O local abriga milhões de pessoas, dentre elas o maior número de prostitutas do mundo, concentradas em um único perímetro urbano... 40% são menores de dezoito anos... 8 mil são vendidas pelas famílias todo ano... Milhões são consagradas para servirem a Deusa Yellamma sendo prostitutas do templo... 12% são vendidas pelos pais... 21% são vendidas a conhecidos da família...

33% têm entre 13 e 18 anos... 66% dos homens escolhem crianças de 10 a 14 anos... 75% delas têm relações sexuais de 5 a 9 vezes por dia... 70% são portadoras de HIV e viciadas em algum tipo de droga... Muitas engravidam ainda na adolescência, têm abortos consecutivos devido ao trabalho sexual forçado... São espancadas e torturadas para cederem...

82% dessas crianças são indianas... 90% não são alfabetizadas... 100% dos casos são ilegais... Elas perdem a identidade, a família, os amigos, a alegria, a esperança e a dignidade, isso sem falar na infância e ainda ficamos chateados por que não ganhamos presentes de Natal, sendo que nem o aniversariante convidamos...

Obs.: Para qualquer curiosidade, vejam NascidosEm Bordeis, 2004, ou o trabalho da irmã Patrícia Oliveira, no Youtube...

O pior lado...


O pior não é a tristeza de todos os erros, mas sim de um único: O do orgulho. Esse nos faz andar por caminhos espinhosos, e no fim só nos causam mais feridas... Francisco Farnum tinha toda razão... Assim como tinha razão a menina que disse que meu exagero ainda iria me matar... Mas para dizer a verdade eu estou feliz...

Sim estou feliz... Feliz demais pra esquecer que a cabeça ainda dói das pancadas que dei até descobrir que não era a porta que estava no lugar errado... Feliz demais pra esquecer que o chão ainda treme depois da terceira xícaras de café... E feliz demais pra ver que as coisas estão desmoronando e ninguém esta disposto a estender a mão para tentar segurar sequer um pedacinho dos sonhos investidos nesse conto de fadas de caderno de capa dura...

Ainda consigo lembrar Fernanda Mello dizendo que precisava ser menos e sim, eu também preciso ser menos... Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito.

Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesmo. Eu preciso respirar... Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.

Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou...

Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero.

Velhas Histórias Já Não Se Contam Mais...

E de repente a gente se toca que o Mágico de Oz não mora no final da rua... Que só compensa chorar quando a dor pode ser compartilhada e entendida por outro coração... Que não da pra viver pedindo bênçãos... Que não da pra viver pedindo a mão... Que sorrisos só duram tempo o suficiente para machucar... E que câncer nasce sim de angustias mal resolvidas...

Em resumo, o meu dia foi assim, de reflexões e desastres... Minha escada exala um estranho odor de leite e minha perna, agora, possui uma concavidade nova e de coloração duvidosa... Tudo proporcionado por pensamentos chatos sobre uma pessoa que nem deve achar que isso tudo deva ser culpa dela... Não estou culpando ninguém, mas se eu estivesse cuidando de mim, tal qual o costume de cuidar de alguém, estaria com uma saúde bem melhor...

Boa parte dos meus problemas advém de atenções exacerbadas ou de falta de atenção mimética... Dar atenção demais a algo é dogmatizar um lado única e multifacetada que só tende a trazer aborrecimentos, visto que nada é perfeito e que tudo é assim... Não dar a atenção necessária ao mundo causa desespero acadêmico, dores nas juntas e cumprimentos vazios...

E de repente a gente percebe que voltar pra casa é necessário de vez em quando... Que o pra sempre, sempre acaba... Que se morre lentamente a cada minuto desperdiçado... Que de tanto ser deixado pra depois o depois encontra algo melhor pra fazer do que esperar por atitudes que podem salvar um futuro, mas que morreu neste espaço de tempo... E que poucas pessoas são realmente capazes de se jogar de cabeça em algo que talvez nem seja verdadeiro, mas que talvez valesse a apena...

Quando se percebe...

Então eu percebi... eu sou otário mesmo... Já havia notado isso há muito tempo, só não queria ver... eu achava que os meus gritos serviam para alguma coisa, mas na verdade só serviam pra provar o quanto eu havia me tornado imaturo e infantil... O tempo, às vezes, faz isso conosco e nos deixa crer que nem sempre amadurecemos... algumas vezes acabamos mesmo é apodrecendo...

No inicio eu apenas falava, citava, sussurrava ou mesmo escrevia a respeito e me mantinha firme nisso... Mas ai o tempo passou e pouca coisa mudou... Não estou menosprezando essas poucas mudanças que ocorreram, foram importantes para manter o foco e a vontade de persistir...

Mas o muito que não mudou é que atrapalhava mesmo... Quando o muito começa a pesar e qualquer coisa faz ele pendular para a direita ou mesmo para a esquerda... Quando o muito começa a esmagar o pouco e bom que havia sido construído... as conversas, as falas, as citações, os sussurros ou mesmo escrever sobre o assunto se tornaram gritos, insultos, acusações...

Foi neste instante que vi que continuar seria algo complicado de ser feito, já que os corações estavam tão distantes que chegavam a duvidar que um dia já estiveram perto e essa proximidade foi esquecida também... o conforto de um abraço, os carinhos bobos, as palavras doces e os gestos gentis foram ficando cada vez mais infrequêntes... Ae me tornei medroso e preocupado...

Agora, gritar causam dores maiores... dói a cabeça, dói o peito, dói a alma... Bate aquele desespero e vontade absurda de bater com a cabeça na parede... Então foi a vez de tentar compartilhar essas dores... Dizer o que acontecia e o que podia ser feito para evitar. A surpresa foi ver que o que evitava tudo isso já havia sido pedido desde o inicio, mas nada era feito para mudar... A tristeza e o desespero só aumentaram quando, mesmo tendo consciência, nada era feito para evitar tudo isso...

Como não entrar em desespero quando tudo o que se quer é ficar bem? Como não entrar em desespero quando a única pessoa que pode mudar esse quadro fica só a observar o que fez? Esperando, dia após dia, ver a bomba explodir... Chato é que ela explode sim todo dia, mas a cada explosão é uma lesão nova no coração, na alma e a vontade de continuar volta a cambalear como alguém que leva um tiro no ombro. Consegue continuar a caminhar, mas um pouco torto e meio sem vontade...

Sabe aquele momento em que você se sente triste e tem vontade de chorar? Estou me sentindo tão bobo e tão frágil que chega a dar medo, mas depois eu percebi que esse pouco e bom que havia sido construído ainda faz valer a pena continuar... Porquê, de repente, vai que muda e fica tudo perfeito... Como sempre soubemos que ficaria...

Hoje eu acordei meio cansado, dor de cabeça, garganta enjoando e olhos doloridos... As costas não respondiam direito, assim como o braço esquerdo que ainda dói um pouco... Hoje eu acordei desejando que tudo fosse apenas um pesadelo, um sonho ruim que tivesse chegado ao fim, mas ai, olhei para o lado e vi a marca de pé na parede azul...

Hoje eu acordei desejando despertar desse sonho chato... que o meu dedo não doesse mais... que meus olhos não estivessem inchados e vermelhos... que minha perna respondesse normalmente... que o meu anti-braço não desse choques repentinos... que as tonturas e vertigens não se manifestassem tão fequêntes... Que a cabeça não doesse a ponto de cegar momentaneamente enquanto sorriu... E, principalmente, que o coração não doesse tanto ao bater e nem que os pulmões faltem o ar assim do nada...

Acordei meio chateado e o travesseiro ainda estava úmido... Eram apenas cinco e pouco da manhã, mas as ruas já começam a se encher de barulho e conversas fiadas de alguém que comprou algo roubado e terá que responder a denuncias... Do barulho de carros, motos e rádios que noticiam e espalham balbúrdias de pessoas que desejam ganhar dinheiro com patrimônio público...

Hoje eu acordei tentando esquecer-me desse pesadelo que é se sentir uma bomba relógio, capaz de explodir a qualquer momento... capaz de estremecer e palpitar a qualquer pulsação de estresse ou raiva... Acordei com medo de que minha mão nunca mais fosse me deixar segurar algo ou mesmo apertar sua bochechinha tentando lhe fazer birrar...

Sei lá... às vezes eu só desejava que as coisas não estivessem assim... que o sol pudesse brilhar e eu ter a certeza de que tudo estava certo e em seu devido lugar... Mas hoje eu só consigo pensar em concertar tudo e fazer valer novamente...

Olhando...

Olhe nós cortando nossos próprios vínculos nesta cozinha... Olhe nós erguendo todas as nossas defesas... Olhe nós guerreando em nosso próprio quarto... Olhe nós abandonando o navio em nossos próprios diálogos...

Não há diferença no que estamos fazendo aqui, que não apareçam como sintomas maiores lá fora. Então, por quê gastar todo o nosso tempo pondo nossos curativos quando temos a chave fundamental para a causa disso tudo aqui mesmo?

Olhe nós formando nossas facções em caixas de areia. Olhe nós, microcrianças, com ambos corações bloqueados. Olhe nós dando as costas a todos os pontos ásperos. Olhe ditadura no nosso próprio quarteirão.

Como eu tenho colocado a carroça na frente do meu cavalo quando o brilho de fora jorra de dentro. Holofotes mirando nessas sementes de razões simples. Este âmago, trazido à forma, começa em nossa própria sala de estar.

E não há diferença no que estamos fazendo aqui, que não apareçam como sintomas maiores lá fora. Então, por quê gastar todo o nosso tempo vestindo nossas bandagens quando temos a chave fundamental para a causa disso tudo aqui mesmo? Sob nós...

Versão de Underneath, Alanis Morissette...

O outro lado do egoísmo...

Certas coisas me deixam triste... e louco... Como pode alguém gostar de uma pessoa, ver que ela está chateada e ficar de braços cruzados? Como pode você perceber que o outro está te tratando diferente e ficar indiferente? Como pode a gente só olhar para o próprio umbigo e para as necessidades pessoais? Como pode a gente só pedir apoio, calma, paciência e compreensão e não dar nada em troca? Como pode a gente não se dar por inteiro, mas esperar que a outra pessoa esteja inteira? Hoje em dia é muito fácil querer, exigir, fazer questão que o outro nos enxergue. Difícil mesmo é se colocar no lugar do outro, tentar se ver de longe e analisar onde está o nosso erro.

É muito fácil pedir, pedir, pedir... difícil é se doar. Porque normalmente as pessoas têm a triste mania de jogar tudo na cara. [...] Daí vira aquela agressão gratuita, aquela lavagem de roupa suja, aquela coisa feia e antipática que não combina em nada com sentimento. Mas então eu me pergunto: será que tudo combina com sentimento? Claro que não. A gente não consegue ser bom o tempo todo. A gente não consegue deixar de lado as mágoas e seguir em frente. Tem coisa que alfineta, cutuca, aperta e é preciso gritar, tirar, sair desse círculo vicioso e ruim.

Não é fácil, mas também não é tão complicado assim. Basta querer... Basta sair daquele pedestal... Basta realmente se importar com o que faz... A gente pensa que é muito bacana e que faz o melhor que pode... que bobagem... Nem sempre lutamos com força e com fé. Às vezes, a gente só deixa a vida nos levar, como se fosse um rio que leva pedaços de árvores e lixo.

O ser humano é egoísta demais... Se preocupa com a própria vida e finge que se importa com os outros. Então eu questiono: será que eu me importo? Será que você se importa? Até onde você é capaz de ir? Que sacrifícios você é capaz de fazer? Você consegue, por algum momento, deixar de lado sua vida para se preocupar com a do outro? Pequenas doses de egoísmo são bem-vindas e essenciais para a sobrevivência, mas não dá pra se embriagar: tudo que é demais faz mal...

Versão de O Outro Lado do Egoísmo, Clarisse Corrêa... Post de 10 de Julho de 2012...

Singulares e Plurais...

Perdeu a graça... Sempre foi assim... Claro que tudo mudava de acordo com a fase ou o humor. Mudava com o que, direta ou indiretamente, influenciava... Sempre quis dar conselhos, ombros, abraços, sorrisos e patadas (é que você tem que incluir as disfunções e funções do calendário, também... haha ... Uma patadinha aqui e ali, troca de ferraduras e muitos outros eteceteras). Mas perdeu a graça ser uma pessoa com tanto plural dentro...

Eu penso no outro... Eu sou daqueles que se coloca no lugar... E por causa disso, às vezes, perco o meu, ou alguém rouba sem a menor vergonha na cara. Os plurais têm me enlouquecido muito, muito, muito, tanto, tanto, tanto... Eu e meus excessos excessivamente gigantes. Acho que nunca vivi um diazinho sequer no singular. Mesmo que eu aparente, ah, meu amigo, você não sabe o que se passa aqui dentro.

Você e sua cara de perguntas. O que há, o que há. Nada. Gente é triste mesmo. A gente fala, avisa, escreve cartaz, prende faixa, vomita palavras, mas ninguém acredita... hein, como assim? Um dia a gente muda, tudo muda, não é mesmo? Não por falta disso ou daquilo, mas porque, poxa, me ouve. Sente o que eu falo, dá bola, te importa, fala sobre o assunto, escreve sobre o assunto, grita sobre o assunto, PORRA! Não deixa passar... é que uma hora, de tanto passar, passa, entende? Passa e não volta!!! E fica ali naquele lugar aquela coisa que aconteceu e não aconteceu. Que machucou, mas a gente fica fingindo que nem doeu. Não volta, nada volta. Pelo contrário, o tempo só anda pra frente. E daí, de repente, você nem percebe que um dia aquilo machucou e a gente fingiu que nem doeu.

Quem é plural, que nem eu, se dá muito. Pensamento, atenção, carinho, respeito, delicadeza... Quem é singular não entende o pacote de coisas. Mais do que isso: o singular não sabe se dar direito. Fica aquela interrogação. Cadê a atenção, o tempo, a palavra doce no ouvido, o telegrama não esperado? Cadê tudo? O plural, por ser tanto e tanto e tanto, acaba se sentindo encolhido e diminuído. E vai murchando. Uma flor, no começo, é colorida, firme, chama a atenção, é perfumada. Com o passar dos dias ela murcha, perde a cor, vai broxando. Uma hora você precisa jogar a flor no lixo. Ela morre, um dia morre, assim como a gente, assim como, dizem, os sentimentos mais lindos do mundo. Eu acredito em sentimento pra sempre, pra tudo, pra muito, pra pra pra... Porque acredito em sentimento, em coisa eterna, no blablablá de velhice lado a lado... Desculpa, eu acredito!!! Pode ser tosquice, breguice, caretice, poxa, me deixa com a minha esquisitice... Se você coloca água na flor, protege do sol e cuida, ela dura mais tempo. Ela dura o tempo que você quiser, desde que você queira...

Sabe, eu sou plural, descobri. Já nasci querendo doar. Só tenho que lembrar que de tanto doar a gente pode acabar de mãos vazias...

Versão singela de Querendo Dar, de Clarissa Corrêa... Post de 31 de julho de 2012.

Preciso aprender a ser menos...

Menos dramático. Menos intenso. Menos exagerado. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar a mim mesmo. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. Aonde está a placa de pare bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre, me chama e eu vou com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou. Existe aí algum remedinho para não-sentir? (...) Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero.

- Fernanda Melo, dedicatória aos soluços e insônias...

Só por hoje...

Hoje eu já não quero mais tanta coisa... Quero apenas manter meu coração calmo, minha mente sã, meus pensamentos claros e minhas mãos livres de tremulações... Hoje eu já não quero mais complicações, quero apenas ler um livro, suspirar achando que estou fazendo as coisas certas... Já não quero mais contradizer ninguém, nem questionar o por quê das pessoas serem como são...

Hoje quero aceitar as pessoas tal qual elas são, sem questionar ou duvidar... Cansei de não conseguir entender o que acontece com o mundo o tempo todo, deixa isso pra quem quer viver cheio de dúvidas... Hoje eu quero complicar e não explicar... Quero ser quem eu sou e deixar que as pessoas aceitem ou não... Acho que o tempo que passei fazendo isso por elas, aceitando, compensa por eu querer ficar assim...

Já não quero mais obrigar ninguém a segurar a minha mão, embora deseje a todo instante um pouco de afeto... Já não quero mais ficar brigando e querendo que as coisas sejam do meu jeito, agora eu vou fazer do meu jeito, se irritar, vai valer por eu ter me irritado tanto por ninguém querer agradar...

Vou sorrir mais e me emburrar menos, se eu causar emburramentos, desculpa, mas vocês também não se importaram em me causar tais constrangimentos... Já não vou mais esperar que fiquem prontos antes de mim, vou voltar a dizer: Ti encontro lá...

Às vezes eu queria poder segurar com a mão certas coisas, só para ver se fica mais fácil de lidar e concertar certas situações... Brincar de quebra-cabeço por telepatia não é tão simples assim...

Uma vez Gandhi disse: Seja a mudança que espera ver no mundo. Hoje em dia as pessoas se decepcionam com coisas fúteis, tratam friamente aqueles que amam, deixam um relacionamento ser tomado pelo orgulho e depois dizem que está faltando amor no mundo. O que está faltando não é amor, é atitude. Atitude de dizer o que sente sem medo de ser rejeitado, coragem de dar o primeiro passo e fazer a sua parte independentemente do outro. Surpreenda. E se tudo der errado? Se… na pior das hipóteses isso acontecer, não se preocupe. Você tem uma vida inteira para tentar novamente e quantas vezes forem preciso! Se nem o que é bom dura para sempre, o que te fere há de durar menos ainda. Por isso viva insanamente, ame com intensidade e quando tudo acabar tenha orgulho de dizer: Eu só me arrependo do que eu não fiz.

Não é que eu queira ir contra as regras, os ensinamentos, nem nada disso... Não é que eu queira ensinar coisas erradas ou coisas novas que não fazem sentido... É só que eu aprendi diferente... Eu aprendi que quando você ama você ama e pronto, não fica arrumando desculpas para as coisas ruins que faz... Eu aprendi que devemos amar as pessoas como a nós mesmos, só assim provamos que somos pessoas boas... Acho que amar a deus incondicionalmente é essencial, mas quando esquecemos que estamos andando todos juntos é que tudo isso começa a deixar de fazer sentido...

Nunca acreditei muito que viver olhando pra cima fosse o mais importante para se amar... Devemos sim amar a deus sobre todas as coisas, mas deve ser sobre todas as coisas... Tem que ser sobre todas as coisas... As pessoas não são coisas...

No Surrender...

Bruce Springesteen envelheceu... É engraçado eu achar que nunca envelheceríamos... Um amigo me desejou feliz aniversário dizendo Forever Young... Às vezes acho engraçado olhar pra trás e ver as mudanças que o mundo nos causou... Os tempos foram voando meio que sem querer, meio que com medo de acertar algo ou mesmo medo de mudar...

Às vezes eu toco um Em e me lembro de No Surrender, não sei por quê... Lembro-me que fugimos da sala de aula, tínhamos que fugir daqueles idiotas. Aprendemos bem mais com um disco de três minutos do que jamais aprendemos na escola... Esta noite eu ouvi o som do baterista do bairro. Eu posso sentir meu coração começando a bater mais forte. Você diz que está cansada, que apenas quer fechar os olhos e seguir seus sonhos até o fim...

Fizemos uma promessa... Juramos que sempre nos lembraríamos... Sem retirada, acredite em mim, sem rendição. Como soldados em uma noite de inverno, com um juramento a defender... Sem retirada, acredite em mim, sem rendição...

Agora, rostos jovens tornam-se tristes e velhos e corações de fogo tornam-se frios. Nós fizemos juramentos de irmãos de sangue contra o vento. Sei que estou pronto para crescer jovem novamente e ouvir a voz da sua irmã nos chamando para casa pelos quintais abertos. Acreditando que podemos gravar um lugar só nosso com essa bateria e estas guitarras...

Agora, nas ruas, esta noite as luzes se escurecem. As paredes do meu quarto estão se fechando. Há uma guerra lá fora, ainda intensa. Você diz que ela já não é mais nossa para vencer. Podemos dormir no crepúsculo à beira do rio com um vasto campo aberto em nossos corações e com estes sonhos românticos em nossas mentes... Fizemos uma promessa...

Obs.: Baseado na música No Surrender, de Bruce Springsteen; de Forever Young, de Alphaville, e na surrealidade que o mundo lá fora causa a minha confusa mente problemática...

Uma Soma de Fatores

É incrível o que uma soma de fatores não é capaz de fazer em uma quente tarde de domingo... Primeiro fator: Um texto de, no mínimo 5laudas, apenas começado, ressaltando a existência de, aproximadamente, 18 fichas e um comentário, já escrito de 1laude e 12linhas, sobre os conceitos de Nação e Nacionalismo descritos em dicionários de diversos idiomas sob os comentários confusos de Eric Robsbawn...

A leitura, para escrita monográfica, de 18 livros, apenas começados, sobre as diversas temáticas de teoria, metodologia e historiografia, no uso da imprensa e da oralidade em uma pesquisa cientifica que trará frutos positivos para minha carreira como historiador, além dos diversos títulos obtidos em torno de tais conceitos e um cargo almejado, por hora em sonhos, em um pequeno jornal da cidade.

Tais fatores me levam a preguiça agitada, junto a isto, o destino me trás gente interessante ao bate papo de facelivro, sem falar de alguns seriados estranhos que aparecem na minha playlist. Estampando bandas de lado B, gibis de autoria pouco duvidosa e livros e mais livros na estante. No entanto, me pego cantarolando musicas estranhas sobre física quântica enquanto tento lembrar onde foi parar minhas ultimas moedas de troco...

Aos poucos...

Eu nunca gostei de certas exaltações ou regalias que as pessoas trazem para suas vidas... Nunca gostei de comida quente ou de bebida gelada... Nunca gostei... Nunca gostei de pessoas que dizem que a vida deve ser vivida como se fosse o ultimo dia e por isso as coisas deveriam ser vividas ao extremo...

Pessoas que comem comida quente e dizem que o sabor está ai, depois ficam o resto do dia assoviando com a gengiva roxa... Pessoas que dão goladas grandes de água a dez graus e dizem que mataram a sede... Sou fã mesmo é das pessoas que sabem apreciar os sabores e dissabores da vida...

Sempre fui fã das pessoas que sabem apreciar a vida... Sempre gostei de comer e sentir o gosto das coisas, mesmo quando são amargas ou apimentadas... Sempre gostei de dar pequenos goles na água fria e sentir ela deslizar garganta abaixo e esfriar levemente cada cílio e flagelo da traquéia e sentir a sede se esvair aos poucos...

Acho que isso sim é que vale a pena... Acho que pessoas que comem comida quente ou bebem coisas geladas não são felizes... Sim, devemos sempre viver como se fosse o ultimo dia e por isso acho que a felicidade está em apreciar e não em devorar o mundo... Aproveitando cada segundo é o que faz da vida eterna e não abocanhar a testa com os dentes e depois reclamar porque a bebida acabou...

Com todas as palavras

E começou mais uma vez... O dia dos Namorados chegou e eu aqui, pela primeira vez namorando... É estranho e ao mesmo tempo confortável... Sei lá, acho que querer ficar com você já se tornou o estar com você e nesse dia eu quero apenas dizer, ou repetir, as coisas que amo em você...

Eu amo que sinta frio quando está fazendo 21º lá fora... Amo o teu jeito doido de escolher o que comer... Eu amo a ruguinha que você faz no nariz quando está olhando pra mim como se eu fosse maluco e a marquinha na sua bochecha quando sorri sinceramente do outro lado da sala... Amo que, depois de ter passado o dia com você, eu possa continuar sentindo o seu perfume nas minhas roupas. E amo que você seja a última pessoa com quem eu quero falar antes de dormir à noite. E não é porque estou com você e nem porque é dia dos namorados. Eu vim aqui esta noite porque quando você descobre que quer passar o resto da sua vida com alguém, você descobre que nada mais importa...¹

Recordo-me de setembro quando ti entreguei uma carta que dizia o quanto eu amo prestar atenção nos detalhes do teu rosto e das briguinhas tentando dizer que amo suas bochechinhas e seus grandes olhos castanhos que você insiste em dizer que são negros... Recordo-me também de dizer que eu estava começando a pegar o jeito de desenhar borboletas e ainda estou, afinal, viver é sempre aprender algo novo a cada dia e com você isso tudo se torna mais divertido...

À dona dos olhos que me ganhou e me ganharia em qualquer época e qualquer lugar da História...

Obs1.: Do original de Harry e Sally, adaptado pra gente...

Sol e outras coisas...

Acordei cedo e não consegui mais dormir, os pesadelos e as mensagens de texto me impediram de continuar tentando ficar bem... Fui ao trabalho mais cedo, mas os lugares vazios, onde costumava sempre ver marcado por uma mochila rosada e meio suja, me deixava bastante desconfortável.

Nem troquei de roupa, a coragem e a vontade não me deixaram entrar no banho ou escovar os dentes... Conversei um pouco e até tentei um sorriso amarelo, mas não dava pra disfarçar o meu mal estar e o meu desconcerto mental, o qual vem perdurando desde a semana passada, quando tudo resolveu desandar barranco a baixo...

Até mesmo o povo da geografia, pessoas que eu nunca havia notado, pararam para me perguntar se eu estava bem... Meu olhar melancólico e sem profundidade demonstraram a noite mal dormida e as olheiras marcadas por lagrimas constantes desmentiram minhas palavras sutis...

Voltei pra casa sem perceber que o celular havia descarregado, mas acho que foi a falta de vontade de olhar pra ele que me fez deixá-lo de lado esta manhã, afinal, não sei se suportaria mais uma mensagem de texto...


Acordei solitário no dia em que morri.
O sol nunca cantou para mim com tanto brilho.
As canções do céu que dançam nos olhos e observa enquanto as aves voam e o céu fica parado.
Agora eles pintam o pavimento de vermelho e eu fico azul.
Eu pensei em você e somente em você.
E na escuridão, ela virá secar as minhas lagrimas e me resgatar dos copos de plástico e rostos vazios.
Minha garota de Shangay, minha única e sem igual.
Por você eu espero e só Deus pode me impedir...


Adaptado de Shangay Kiss
Ady a Lian

Sentar ao meu lado...

As pessoas não sabem o quanto é triste ser criança... Você vive envolto por bonecos, jogos, paredes, cobertores e não sabe o que trás tantos pensamentos sem nexo a cabeça tão infantil, local onde deveria habitar apenas coisas boas e sorrisos sinceros... Nunca é assim quando você cresce em um local onde a confusão e a histeria é tão freqüente...

Então você cresce achando que tudo irá melhorar, mas nem sempre a confusão ti abandona... Algumas vezes trazemos coisas das quais nos dizem pra esquecer-se desde cedo... Coisas sem relevância, como as brigas constantes dos pais ou mesmo o jeito chato que as outras crianças ti tratavam...

Sabe quando você está triste e começa a tocar uma daquelas musiquinhas americanas de natal? Aquelas que a gente só escuta quando assiste Esqueceram de Mim? Então começa a serenar e o barulho das gotas tocando o teto do quarto ti deixa um pouquinho melhor... isso junto ao cheiro doce que o vento trás que me lembra um certo alguém...

Sei lá, é estranho quando parece que o chão afunda toda vez que tento caminhar, como se o caminho só levasse a mais tristezas e brigas chatas, das quais eu tento ao máximo fugir... As coisas não ditas engasgam na minha garganta, mas sei que dizer só faria com que esse chão afundasse mais e mais...

Já teve a vontade de apagar tudo o que dizia a medida em que ia dizendo ainda mais? Tenho isso toda vez que tento desabafar... As derrotas constantes e os alteares de tons diários têm me deixado cada vez mais triste e desanimado... O desinteresse percebido nos beijos e a forma de ir embora só demonstram a falta de vontade de sentar ao meu lado...

Vai entender o por quê disso tudo, mas Nietzsche da um excelente conselho quando pede que não me roube a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia... Dizem que peco em pedir isso, já que eu não sou o melhor em ser a companhia para alguém, acho até que estou voltando a me acostumando a ser a melhor companhia só para mim mesmo...

Hoje é dia de festa...

Essa poderia ser mais uma postagem normal do Kim, mas não é. Invadi o blog dele pra dizer o quanto eu o admiro e sou feliz por estar junto dele.
E hoje é um dia mais que especial, é o dia em que ele nasceu... eu só tenho que agradecer, e que por mais que nossos passados sejam bem diferentes, hoje estamos juntos e asssim tudo fica mais fácil. Feliz Aniversário meu amor...




Esse é o link de uma homenagem que eu fiz pra ele: http://www.youtube.com/watch?v=Fi9ZsaBWX3I

Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Feliz Aniversário meu amor...
Te amo!!!!!

Feliz, feliz, feliz...

Essa é a história da primeira e da ultima vez que me apaixonei... Sei, vocês podem estar se perguntando o por quê de eu ter dito que esta foi a primeira vez que me apaixonei, sim eu já tive outros relacionamentos e sim eu havia achado que fosse real, mas se fosse de verdade teria durado o tanto quanto está durando agora...

Voltando ao assunto... Esta é a história da primeira e da ultima vez que me apaixonei... Tudo começou com um simples Carpe Diem, visto em um filme que me fez ver que se eu não dissesse que estava gostando dessa guria, talvez nunca tivesse outra chance ou mesmo coragem para dizer... A expressão Um dia deixou de ter sentido no exato momento em que a conheci...

Naquela época, ela não sustentava nenhum sorriso prolongado e nem destinava frases longas, ficava sempre na sua e quase sempre sozinha... Acho que foi esse ar misterioso, misturado com um sorriso sincero e inesperado em uma tarde marcante de abril, que me fez ver o quanto aquela menina de cabelos negros me parecia tão linda e interessante...

Ainda consigo lembrar de sua voz, vindo do banco da frente, me lembrar de não bater a cabeça no teto do microônibus que nos levou ao litoral, local que será lembrado pela música que tentei deixar claro que eu estava disposto a ser o seu lar, mas que ainda tinha muito medo do desconhecido...

Lembro de chegar certa noite, em um evento, e você me pedir, estranhamente, para contar-lhe uma história de terror, mas preferi contar-lhe histórias reais, as quais sempre lhe fazem dormir do outro lado do interfone, hábito nosso que faz dos meus finais de semanas distantes mais felizes...

Com o passar do tempo, quando vieram as brigas e os desentendimentos, tive medo... Tive medo de perdê-la... Perder o seu sorriso a que tanto acho lindo, perder a sua firmeza a que tanto admiro, perder o seu abraço que tanto me protege e principalmente, perder o meu futuro o qual tenho a certeza de que será feliz...

Mas a sua paciência e o seu amor sempre perdoaram esse chatinho barbudo que dorme e acorda sorrindo, mesmo sem lembrar do sonho ele sabe que sonhou com ela, pois acorda sempre sorrindo e desejando que ela esteja da mesma forma...

Sei que daqui a pouco tempo iremos nos ver menos e isso é o meu maior medo, por isso eu evito pensar ou falar no assunto, pois, como você mesma sabe, eu não funciono direito longe de você... Se me perguntarem se eu namoro o oxigênio, eu vou responder que não, que você consegue ser bem mais importante que o ar...

E sei, também, que ainda estamos no nosso sétimo mês de namoro, mas ti desejar feliz aniversário não é só lhe abraçar, beijar e presentear, é dizer Eu TE AMO com todas as palavras e sentimentos possíveis, pois por mais que a gente não tenha quase nada a ver, estar com você vale por tudo...

Ela...




Ela
Talvez seja o rosto que não consigo esquecer,
Um traço de prazer ou de tristeza.
Talvez seja meu tesouro ou o preço que tenho de pagar.
Ela talvez seja a canção que o verão canta,
Talvez seja o arrepio que o outono traz,
Talvez seja uma centena de coisas diferentes
No espaço de um dia.

Ela
Talvez seja a bela ou a fera,
Talvez seja a fartura ou a fome,
Talvez transforme cada dia num paraíso ou num inferno.
Ela talvez seja o espelho dos meus sonhos,
Um sorriso refletido na água,
Ela talvez não seja o que ela parece ser
Dentro de sua concha.

Ela, que sempre parece tão feliz na multidão,
Com olhos tão recatados e tão orgulhosos,
Que ninguém consegue ver quando choram.
Ela talvez seja o amor que não se deve esperar que dure,
Talvez venha para mim como sombras de um passado
Que me lembrarei até o dia de minha morte.

Ela
Talvez seja a razão pela qual eu sobreviva,
O porquê e o
para quê pelos quais esteja vivo,
Aquela por quem me importarei durante os rudes e breves anos.
Eu, eu tomarei seu sorriso e suas lágrimas
E farei deles todos meus souvenires.
Pois onde ela for eu tenho de estar,
O propósito de minha vida é

Ela, ela, ela...

Obs.: Minha singela homenagem, neste dia tão estranho... Música She, cantado por Elvis Costello, espero fazer refletir…

O Caminho do Guerreiro Pacífico...

A primeira percepção do guerreiro, descobrir que ele não sabe... Sempre tem alguma coisa acontecendo, nada na vida é banal...


Mas afinal, o que é o certo? O certo muitas vezes não é o inteligente ou sequer existe... Aprenda que você nunca estará certo, assim como nunca estará mais errado do que os outros... Os vícios complicam, você só deve ter consciência de suas escolhas e ser responsável por suas ações...


Você nunca é escolhido por ninguém, você escolhe as pessoas... Tenha consciência disso e viva sabendo que as pessoas só ficam na sua vida se você permitir... Acredite nisso e não chore caso alguém saia de sua vida sem explicação alguma... Todas as ações têm sua satisfação e seu preço, reconhecendo os dois lados o mundo se torna mais realista e responsável por suas ações...


Aprenda a abrir mãos de coisas mundanas, o que vale a pena não pode ser tirado de você por ninguém... Permita que a vida lhe tire tudo, só assim irá aprender ou a ter raiva ou a se desprender de vicissitudes mundanas... Assim como pode, de repente, aprender que quem tem dificuldade para amar é quem mais precisa de amor... Assim como, conhecimento não é o mesmo que sabedoria. Sabedoria é agir...


A morte é um pouco mais radical que a puberdade, mas você não tem que se preocupar com isso... A morte não é triste. Não existe tristeza na morte. O triste é que as pessoas não aproveitam a vida...


Às vezes temos que voltar e assumir que nem sempre fomos um bom amigo, muitas vezes, nem conseguimos lembrar de quando fomos realmente um bom amigo de alguém...


Não valorizar um talento, não cuidar de sua vida, ter medo... Se livrar do passado, às vezes, é a coisa certa a se fazer...


Quando tiver medo use uma espada, segure-a bem alto e corte todos os laços, elimine todo o arrependimento e medo. Todo o resto vive no passado ou no futuro... Escolha conseguir fazer isso e quando estiver pronto, faça... Dedique sua vida a um propósito maior... Servir aos outros é um começo e se for pra valer, faça o que achar melhor...


Um guerreiro não desiste daquilo que ama, ele acha o amor naquilo que faz. Um guerreiro não procura a perfeição, a vitória ou a invulnerabilidade, ele é totalmente vulnerável, é a sua única coragem... A vida é uma escolha, pode escolher ser uma vitima ou pode escolher ser o que quiser... Um guerreiro age, só um tolo reage e o futuro jogue fora... Não existe inicio e nem chegada, só o caminho...


Quase toda a humanidade vive esse dilema... Se não tem o que quer, você sofre e mesmo que consiga o que quer, ainda assim vai sofrer. Não se pode ficar preso a uma coisa pra sempre. Vencer é um capricho, como se fosse ser feliz apenas se ganhar... Não pode se entregar aos sonhos, nunca se entregue a uma única coisa que nunca teve e nunca irá ter, controle. Aceite que não pode controlar o que acontece com você, que você poderia ou não ter mudado ou feito diferente. Pode ser que sim, pode ser que não, você é especial independente das circunstancias.


Correr atrás do ouro, viver com medo de falhar, isso não é sonhar e muito menos viver...


Aprenda as três regras, as que você sempre conheceu... Paradoxo: A vida é um mistério, não desperdice sua vida tentando entender; Humor: Mantenha o seu senso de humor, especialmente em relação a você mesmo, é a força além de todas as medidas; Mudança: Nada permanece imutável.


E finalmente chegamos, quando você achou que nunca chegaríamos... Aqui, nesse ponto do texto, nessa virgula, ali perto do seu pé... Durante todas essas linhas e parágrafos eu fiz você se sentir bem, por mais que esperasse que no final desse texto eu fosse lhe dar um ensinamento milagroso que o fosse fazer você se sentir sábio, mas não, mesmo que pense que não tem nada aqui além dessa pedra...


Lamento que sua alegria tenha acabado, mas é a jornada, a felicidade está na jornada, não no destino. Se tiver entendido isso, antes de chegar aqui, então, você é um sábio mais brilhante que eu... Dou-lhe os parabéns... Não há magia alguma nisso tudo o que tentei lhe passar... Quando está em uma situação, só o que importa é cada movimento que você faz, cada palavra, cada gesto, cada aceno... Não tem nada a ver com a medalha, nem com o que o seu pai pensa de você, nem com qualquer outra coisa, somente aquele momento...


Se eu puder dar só mais um conselho seria que aprenda que escolhas são passageiras, mas desistir é pra sempre... E lembre-se que na vida há alguns momentos definitivos e quando chega um momento definitivo você define o momento ou o momento define você. Apenas três perguntas e três respostas podem fazer toda a diferença... Onde você está?... Aqui... Que horas são?... Agora... Quem é você?... Este momento...


Obs.: Texto baseado na obra O Caminho do Guerreiro Pacífico, Dan Millman...

Rumo ao Pai...




Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"

Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.


Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.

Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.

Você acredita nessas coisas?

Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia e que morramos como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.. Ser seu amigo... já é um pedaço dele..."

- Chico Xavier

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