22h45

Dentre milhares e milhares de frase, pensamentos e roteiros, consigo finalmente entender o que eles sentiam quando pensavam em tais coisas... Melancolia? Finalmente deixou de ser uma breve palavra no meio do dicionário... Sinceridade? Deixou de ser algo exigido pra ser algo natural... Sorriso? Deixou de ser algo de momento pra ser algo eterno ou inábil...

Ás vezes eu me pego pensando em porquê alguém diz certas palavras em voz alto desejando que ninguém escute... depois disfarçam e pedem pra deixar pra lá... Já cheguei até a deixar de me perguntar o por quê de certas canções serem tão tristes e sem sentido, acho que pelo fato de que agora eu consigo entender o que eles realmente queriam dizer, em voz alta...

Existe uma linha tênue entre o tudo e o nada, assim já dizia aquela velha banda cabeluda... Mas também existe uma linha tênue entre a felicidade e o desespero, ou será que eu exagero em falar isso? Talvez não seja desespero, mas sim desapego emocional funcional sobre o não ter mais ou mesmo o ter e o não saber o como lidar...

Esse monólogo de Jane, do filme: Paris, Texas, me ajudou a perceber diversas coisas das quais eu nunca havia parado pra tentar entender... Passei para o masculino, espero que entenda o que desejo mostrar...

– Eu costumava conversar a sós com você depois que você foi embora. Eu costumava falar com você o tempo todo, mesmo estando sozinho. Conversei com você por meses a fio. Agora não sei o que dizer. Era mais fácil quando eu apenas a imaginava. Eu até imaginava que você me respondia. Tínhamos longas conversas. Só nós dois. Era como se você realmente estivesse comigo. Eu a via, sentia seu cheiro. Eu podia ouvir sua voz. Às vezes sua voz me acordava. Acordava-me no meio da noite, como se você estivesse no quarto comigo. Depois, isso foi lentamente acabando. Já não podia mais imaginar você. Tentei falar em voz alta com você como sempre fazia, mas não havia nada lá. Já não podia mais ouvi-la. Então eu apenas desisti. Tudo acabou. Você simplesmente desapareceu...

Estou me sentindo confortável e feliz por começar a entender o por quê de certas pessoas pensarem assim... Não somente sobre tristezas, mas sobre felicidades também... Tipo quando Caio F. Abreu diz: Eu enfrentaria o mundo com uma mão, se você segurasse a outra... Agora eu vejo que eu já sei ser assim e sim, eu enfrentaria o mundo... por mim, por você, por nós, com uma mão só... se você segurar a outra...

1 comentários:

Jandy | 3 de dezembro de 2011 às 09:39

Nossa Kim...
q lindo texto!
eu tbm enfrentaria o mundo pelas pessoas q amo com uma mao só..

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