O pior lado...


O pior não é a tristeza de todos os erros, mas sim de um único: O do orgulho. Esse nos faz andar por caminhos espinhosos, e no fim só nos causam mais feridas... Francisco Farnum tinha toda razão... Assim como tinha razão a menina que disse que meu exagero ainda iria me matar... Mas para dizer a verdade eu estou feliz...

Sim estou feliz... Feliz demais pra esquecer que a cabeça ainda dói das pancadas que dei até descobrir que não era a porta que estava no lugar errado... Feliz demais pra esquecer que o chão ainda treme depois da terceira xícaras de café... E feliz demais pra ver que as coisas estão desmoronando e ninguém esta disposto a estender a mão para tentar segurar sequer um pedacinho dos sonhos investidos nesse conto de fadas de caderno de capa dura...

Ainda consigo lembrar Fernanda Mello dizendo que precisava ser menos e sim, eu também preciso ser menos... Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito.

Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesmo. Eu preciso respirar... Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.

Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou...

Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero.

2 comentários:

Lys Fernanda Rodrigues | 16 de dezembro de 2012 às 12:39

O orgulho fere. Não a outra pessoa, a de fora. Mas quem o sente.
Orgulho, orgulho. Quem não é orgulhoso? Mas daí, não quer dizer que seja imutável. (:

Espero sua visita Kim! Saudade de passar por cá...

Unknown | 17 de dezembro de 2012 às 09:11

houw, nunca me identifiquei tanto! Saudades dos seus posts Kim.. =)

beeijos

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