Recordo-me por inúmeras vezes de passar pelos corredores da escola e pensar o quão eu possa ser parecido com um vulto do século XIX... Lembro sempre daquela platéia me olhando dizer essas poucas linhas que tanto me definiram e que agora eu necessito resgatar... Não apenas as palavras, mas o sentimento também... pois...
Eu
não tenho a alma covarde, pois frente aos vendavais, eu nunca tremo:
O
Paraíso brilha, arde, como a fé, pela qual eu nada temo.
Deus,
meu peito Te abrigou. Deidade poderosa e onipresente!
Vida
– que em mim repousou. Como eu – Vida Imortal – em Ti, potente!
Movem-nos
o peito em vão. Mil credos que não são mais do que enganos;
Sem
valor, brotos malsãos. Ou a ociosa espuma do Oceano,
A
pôr dúvidas num ente. Pego assim pela Tua infinidade;
Preso
tão seguramente na firme rocha da imortalidade!
Com
o amor de um grande enleio Teu espírito o tempo eterno anima,
Para
cima e de permeio. Muda, apoia, dissolve, cria e ensina.
Se
a Terra e a lua findassem. Se não houvesse sóis nem universos,
E
se, só, Te abandonassem, haveria existência em Ti, por certo.
A
Morte não tem lugar, nem pode um único átomo abater:
És
o Sopro mais o Ser e Nada pode jamais Te exterminar.
Obs.: Pensamentos compartilhados e delirados por duas mentes por eternidades separadas... Emily Brontë e seus devaneios modernos...
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